segunda-feira, 7 de maio de 2012

Parece até que foi ontem.” - Eu me levantava da cama, puxava meu cobertor quentinho e corria para o sofá, assistir o desenho (…) Não precisava me preocupar em colocar o alarme para despertar cedo e correr pra escola. Eu lembro que eu brincava de ser alguém da TV, era tão divertido, a inocência tomava conta de mim. O joelho ralado, ah o joelho ralado [risos] meu amigo, essa era a pior dor que eu poderia sentir, mas logo logo passouaté eu conhecer a dor de um coração partido, quebrado. Lembro que as vezes eu voltava chorando pra casa, algum coleguinha devia ter me chamado de feia ou de chata, e a mamãe me dava um abraço e em questão de segundos a tristea desaparecia e a alegria vinha a tona. Infância (..) Eu era tão feliz que não fazia idéia, eu podia sorrir em fotos sem me preocupar em passar maquiagem , ou em ajeitar o cabelo, a simplicidade dominava. Infância, era tudo tão simples, sem complicações, nem nada do tipo, a minha unica preocupação era que horas que iria terminar o desenho, e se a mamãe tinha feito meu almoço preferido. Era tudo tão mais fácil, e eu não podia ver a facilidade que era, viver. As vezes olho minhas atividades escolates antigas, era só somar e subtrair, mas pra mim era um bicho de sete cabeças, hoje, eu enfrento um bicho de 300 cabeças pra tentar achar um “x”. Eu lembro tão claramente, da minha mãe falando que a infância era o melhor período da vida, mas eu só queria crescer, me tornar logo “gente grande” [..] Mas isso, é porque eu não sabia como era ser gente grande, quão dificil seria, ter que lidar com tudo isso. Antes, eu só queria crescer, a agora, se eu pudesse, queria voltar no tempo, e ficar lá atrás.
Eu não quero pedir pela permanência de ninguém. Ultimamente o que andei pedindo em minhas orações é que tudo dê certo, independente dos que terão de ir embora. E você também pode ir quando quiser, não vou pedir para que permaneça em minhas complicações, mesmo que tenha aqueles dias em que eu precise muito compartilhá-las. Fiquei me perguntando por um tempo o que vem a ser uma menina grande, e acabei me convencendo de que sou a pessoa que não deveria enxugar as lágrimas nos ombros de alguém… Era o inverso, eu me lembro bem. E apesar disso tem aqueles dias em que tudo fica mais pesado, entende? Por isso tenho que dizer: vire as costas e vai enquanto há tempo. Fuja do que não lhe pertence, absolutamente. E se quiser ficar meu coração está apto a receber de bom grado, mas que traga amor e fé… Porque, meu bem, não há outra coisa que eu esteja precisando neste momento…”
“Andei pensando no quanto somos frágeis. Uma simples gripe nos torna fracos. Uma palavra mal empregada nos abate. Um abraço não dado nos faz sofrer. Um sentimento não vivido faz a gente perder a esperança. Tenho um pouco de medo da duração das coisas. Antes, eu acreditava no eterno. Mas depois de tantos percalços, tantas coisas perdidas e tantos nãos guardados no bolso eu já não sei mais.”